SE A REVOLUÇÃO NUNCA FOI POSSÍVEL ENTÃO MANTENHAMOS AO MENOS O EQUILÍBRIO.

Quando Jesus o nazareno nasceu e depois cresceu e começou a disseminar sua tão nobre filosofia, toda aquela região que hoje compreende o estado de Israel e a Palestina vivia sobre a influencia total de duas outras civilizações. Era uma influencia militar e econômica do império Romano e outra influencia não menos importante, no campo da ideologia e filosofia, de Atenas. Veja só, estou falando das três sociedades antigas que são os pilares da sociedade ocidental; Roma, Atenas, Jerusalém. Roma determina o modo como o ocidente vai lidar com as diferenças que determinam o poder, e o ocidente surge sob a égide das monarquias, Jerusalém representa o controle social, com foco na família, e Atenas o desenvolvimento de uma organização política e também cientifica, mas que no feudalismo foi deixada de mão em nome da imposição do entender da classe dominante que surrupiou o cristianismo para a sua causa.


Muito se passou de lá pra cá, os franceses com ideais tão nobres iniciaram uma revolução burguesa, o que traz de volta a ciência para frente da organização social. E logo depois a revolução industrial fez com que as cartas do novo mundo ocidental ficassem marcadas e não houvesse mais jeito de voltar atrás, e desde então o que determina o sucesso da sociedade ocidental é justamente o equilíbrio entre o pensamento e modo de agir desses três pilares fundamentais. Roma, Atenas, Jerusalém! Quando um dos pilares começa a se destacar mais que o outro o resultado desse destaque é diretamente relacionado à desordem e repetidamente acabam em fracassos.



Você pode até achar a questão da defesa algo de sumo importância, isso na visão estreita da manutenção da ordem social excludente, a mesma que antes sugeriu os monarcas. Com isso você está dando mais atenção a Roma, e a sua importância como pilastra essencial dessa sociedade atual. Por outro lado, o que pode lhe interessar é a descoberta, e você fica frustrado quando o controle da sociedade impõe certos bloqueios ao disseminar da ciência, você quer logo ver o resultado dos estudos com as células tronco, por exemplo, e culpa o vaticano por segurar essa onda sem antes uma analise profunda das consequências, sociais e muito mais ainda econômicas. O que eles chamam de interesses supremos, pois, segundo eles mesmos, são os representantes legítimos da voz de Deus. Nesse momento você é ateniense convicto. Mas se você impõe ou deixa que a compreensão moral, a primeira vigente que foi escolhida pelos sábios no concílio, conduzam seus atos e pensamentos, cristãos ou não, até porque o Judaísmo é muito mais profundo, e o cristianismo não só tem suas bases arraigadas nele como também pode ser entendido como um desenvolvimento natural que focaliza o social desde mesmo Judaísmo. Você é inevitavelmente Israel. E o que eu percebo muito forte numa democracia real é que somente o equilíbrio dessas naturezas e formas de pensar poderá levar uma nação ao sucesso. Com isso eu passo a amar Jesus Nazareno.




Antes de Karl Marx e Frederich Engels, antes de Hegel, antes de tudo.  O primeiro socialista real foi Jesus o Nazareno. Jesus é aquele que propõe a maior revolução possível, e justamente porque ela foca na maior miséria do ser humano que é a mesquinharia. E ele faz mais além quando determina que somente o amor possa libertar o homem, e que esse amor é deveras suplemento astral para uma existência eterna. Quem não ama não consegue repartir o pão, quem não trabalha não entende a alegria de cumprir não só uma meta, mas de transformar as coisas. Você pode até dizer que Jesus não é filho de Deus pois isso nem me interessa, e ficar repetindo o entendimento tosco e medíocre de seus seguidores que disseminaram a religião que transformou o simples nazareno em o cristo, termo que aliás é grego, nem judaico é, mas também pouco interessa etimologias nesse caso também. Perceber uma nova direita que se diz cristã, salvaguarda de valores morais, antissocialista, em templos que antes eram fábricas agindo sob a lógica cruel da acumulação de capitais é um estorvo completo. Nenhuma sociologia, plano divino, revolução econômica consegue vencer o imbecil, NÃO EXISTE SOLUÇÃO AONDE O POVO NÃO RESPONDE A MAIS VELHA QUESTÃO! Contudo, se não podemos evoluir por completo vamos pelo menos lutar pelo equilíbrio das forças. Afinal a vida da gente não é um campeonato de futebol onde escolhemos um time e torcemos que somente ele possa vencer.


Valeu!

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