CARTA ABERTA AOS IGUAIS.

Essa é uma carta aberta aos inocentes, aos meninos e meninas que estão iniciando agora nisso que chamamos de movimento social. Aos estudantes dos primeiros semestres, a todos os iludidos cooptados pela ilusão imaginativamente gauche e radical de certas personas muito em voga hoje em dia. Tudo isso que os mais austeros protagonistas juvenis, que os mais exaltados manifestantes, que os lideres de juventudes partidárias estão querendo lhe passar com a intenção de conquista – lo, não passa de uma visão genérica de um espetáculo deprimente. Estou escrevendo essa carta aberta por estar cansado de ser apontado como novo reaça, como proletário de direita, e tantas outras acusações irracionais que venho recebendo de forma covarde. Como é comum a essa corja de radicais chiques desocupados que por inveja da capacidade empreendedora da pobreza, se vestem de personagens anacrônicos e inúteis de uma estória revolucionária que nunca existiu ou coube por aqui.





Se você, como eu for se ocupar de estudar as origens das linhas de pensamento que serviram de inspiração original ao que nomeia as siglas dos dois principais partidos políticos brasileiros, de cara irá notar uma inversão meio confusa. Acontece que a social democracia representada pelo menos em nome aqui pelo PSDB, na verdade age como liberal avançado. E o partido da esquerda sindical, histórico na America latina, que por princípios estatutários devia defender o proletariado age como social democracia, esse é o PT. E os dois não abrem mão de manutenção de um estado com certa parcela de poder direto na economia. Sendo que o PT investe nessa intervenção reguladora e propulsora do estado de forma mais intensa, e o PSDB investe bem menos, mas não abre mão.

Estamos de frente de dois lados realmente opostos e inúteis no que se refere a atender as reais necessidades da população em geral. De um lado temos aquele empresário direitista sem vergonha que quer botar no seu rabo sem cuspe, e que só defende os seus interesses e de seus pares econômicos. E do outro aqueles bichos grilo, pseudointelectualizados, e com uma imagem nublada sobre certa capacidade de ser  uma especie de socialismo real, a ditadura cubana ou do já falecido leste europeu. De um lado o Playboy, do outro o maconheiro de sandálias de couro, barba mal feita e Marcelo Camelo como principal poeta. E nós, meros fantasmas no contexto geral, estamos bem no meio do embate entre essas duas espécies de parasitas comuns. Assim não dá!


Acontece que a intelectualidade, pelo menos o que conhecemos como intelectualidade no Brasil, em sua grande maioria é de esquerda. Dessa esquerda caviar que denuncia o Rodrigo Constantino, ou da esquerda radical chique de antes. Que está atolada até as ventas na sua própria incapacidade. Com isso vivemos em uma conjuntura de enganos, engodos e perplexidade. A democracia que tanto defendemos deixa brechas para diversas falhas que alimentam posicionamentos fisiológicos covardes, e isso favorece as intenções mais sortidas dos dois lados. Nisso tudo é espetáculo! O lado circo do Panis ET Circenses está muito bem representado aqui. Já o lado pão tá difícil quando as forças produtivas da nação têm no estado o seu pior sócio possível.





Com isso ressurgem de forma intensa dois movimentos radicais desnecessários de zumbis manipulados por esses dois lados. É o que podemos chamar de extremos, um de direita, e o outro não menos prejudicial de esquerda. Contudo gostaria de reforçar nessa carta aberta que não me interessa tomar partido por nenhum desses dois lados. Afirmo positivamente que são os dois desnecessários, e que esse é o momento de firmarmos outro tipo de conduta que seja livre desses engodos e que façam surgir uma nação forte representada em uma forte identificação cultural e em uma educação de qualidade baseada na ciência, na tecnologia e na cidadania de forma igualitária. Diminuir as desigualdades de acesso a bens extremamente necessários de um entendimento comum como educação e saúde seria o primeiro caminho. Agora só falta você, diga não a esse engano e vamos tentar reforçar ou criar um novo caminho, um novo tempo, um novo entendimento. Se não nos unirmos para dá um basta nisso tudo nós mesmos vamos sofrer muito. E como sempre grito nos shows da minha banda de linguagem nonsense infanto juvenil eu conclamo: - Vamos nós!





Eu não posso ser mais do que já sou, sendo que eu sou aquilo que preciso ser.Essa carta aberta vai de coração, em pouquíssimas paginas eu tentei resumir muito coisa. Daquilo que eu sei, nem tudo me foi de certo certeza, como diria o poeta, mas ao invés de calar aparentando ser alguém agradável eu preferi divergir e opinar de tal maneira. Esse sou eu sem botar nem por, simplesmente. Valeu! Ass: GEORGIANO DE CASTRO.  

Comentários

Mensagens populares