A MINHA TURMA AQUI NÃO ESCUTA MPB NÃO! ESCUTAMOS CARIMBÓ, MARACATU, SAMBA CANÇÃO E BAIÃO...
O episódio da tentativa de
censura prévia as bibliografias musicais no Brasil, pela ala mais forte da MPB.
Põe fim a mais um mito entulhante da cultura Brasileira: O mito que transforma
em vossa santidade a Música Popular Brasileira. O procure saber, é um grupo de
artistas liderados e representados por Paula Lavigne, ex - atriz, ex – mulher
do Caetano, e hoje empresaria e promoter mainstream. Esse grupo entrou na justiça com uma
tentativa de proibir o lançamento de bibliografias não autorizadas no país, ou
seja, eles querem que toda e qualquer bibliografia lançada a partir de agora
tenha o aval da pessoa bibliografada, além de uma participação nos royalties,
como se uma bibliografia dessas fosse deixar milionário quem a produziu em um
país extremamente culto e leitor como o nosso.
Do inicio dos anos 2000 para
cá, venho a minha maneira, pondo fogo no rabo da geração de 1968. Apontando seus
deslizes na tentativa, Dom Quixoteana, de desmistificar aquilo que até eu mesmo
acreditei um dia. Foi o grande Zuenir Ventura, em seu livro 1968 – O Ano que
Não Acabou, de 1987. Quem deu traços mais míticos a essa geração que foi trolhada
pelo regime militar. Quando ele afirma que muitos ali arriscaram a vida pela
política, havia certo tom de criação de historicidade nos padrões tradicionais
da ciência. Todos sabem que esses mesmos padrões tradicionais, eram o que a
gente reprova da educação do Brasil dos anos 70, por sermos uma ala
progressista. Cultuar a figura de um mito não representa que se está ensinando
a história com a criticidade e realismo necessários, e é justamente ancorado
nesse posicionamento que os baluartes da MPB se deleitam aproveitando da
ignorância alheia, para vender o seu conceito heroico, anti – imperialista, e
representativo da nação brasileira.
Só um cego não vê que a MPB
é um entulho. Aliás, quem criou esse termo foram os primeiros Bossas Novistas
para defender o que eles entendiam como música brasileira e atacar toda a turma
dos clubes do Rock que infestavam os subúrbios aquela época. Essa é uma visão
de esquerda stalinista defendida por uma classe média altíssima que vivia entre
Ipanema, Copacabana, e Leblon. São eles quem se posicionavam naquela de
“proletários todo mundo todo, uni – vos!”. Pois a guitarra e o rock eram
produtos de dominação cultural. Isso é
tão ridículo quanto é ridículo toda uma classe de walking deads que ainda
idolatram esse engodo.
Quando eu falo assim até
parece revanchismo anacrônico, pois essa disputa Bossa nova VRS Jovem Guarda é
coisa do passado. Mas vá vê os projetos aprovados pela lei Rouanet, ou analisar
o posicionamento do Minc – Ministério da Cultura da gestão Gilberto Gil para cá,
para você perceber o quanto anacrônica é a minha posição. Procure saber disso
também! Quem vende essa ideia de que a nossa MPB é o que há, é justamente a
nossa tão esquizofrênica classe média. É comum agente perceber os zumbis
entrando nas universidades, principalmente nas humanas, e adotando a um
posicionamento MPB de ser. Isso porque as universidades Brasileiras estão
atoladas de medíocres que só fazem repetir o que dizem seus professores sem
confronto. É a aceitação total! Sonham com uma vaga em um cargo publico para
coçar o saco até a hora de nos darem o prazer da sua ausência pela morte. Enquanto
essa sentença de acefalitite se espalha, novos artistas populares, com os dois
pés no chão e com a compreensão correta da globalização. Surgem aos montes nos
quatro cantos do Brasil, e são marginalizados ficando quase sem espaço para
trabalhar. E quando um ou outro consegue destaque recebe logo o aval e a
identificação de MPB, pois MPB agora também pode ser entendida como um sinônimo
de sucesso. Por isso você vê o Fausto
Silva anunciando a Gabi Amarantos como o novo sucesso da nossa MPB. Pois a MPB
é tudo, principalmente o que faz sucesso.
Há uma pau molescência
enorme tomando conta da juventude Brasileira, que por um entendimento
anacrônico de status, e compreensão de arte. Ficam bajulando eternamente um
bando de Zé manes. Como se rococós proparoxítonas fossem o ápice de uma
intervenção poética na musica. Refiro-me a construção, do Zé ruela mor! O Chico
Buarque de Holanda. Ou se como todas aquelas dissonâncias harmônicas, e acordes
complicados da bossa. Fossem nos livrar da ignorância do que eles mesmos
denominam o som dos imbecis. Imbecil é quem pensa que através da boçalidade
podemos almejar algum destaque. A nossa língua é uma língua gueto, em um país
continental de uma America pobre. A nossa musica é uma musica complicada, que
junto à língua não aproxima, só afasta, e agente fica nesse protecionismo em
função de uma gloria que não existe. Enquanto a Jamaica copiou o nosso Baião,
sem pagar os nossos direitos autorais, e vendeu ele para o mundo pop como se
fosse deles, e com o nome de regue. É necessário compreender que a MPB é um
troço classista, uma sigla inventada para denominar entre os artistas quais
seriam os mainstreams. Entre os próprios que representam a música Brasileira é
assim. A MPB é entendida como uma entidade sagrada, quanto não passa de uma
forma de manipulação de uma classe de artistas espertos sobre outra de
inocentes. Aí rola o que diz aquele velho ditado: - só existe o esperto porque
existe o otário! Porém eu digo: - o sonho acabou my friends!
Aqui estou agradecendo a presença total do público na segunda vez que pelo selo Panela Discos abrimos um show das Velhas Virgens em Fortaleza!
Georgiano de Castro.
Parece que MPB é meio que um clube, né?! Com sócios de rentabilidade de status/$$/ego. Vejo com otimismo essa nova maneira de registro sociocultural, onde os produtores alternativos já podem, de certa maneira, expor e espandir sua voz, deixando seu registro mais expressivo, podendo contribuir para que essa MPB, em alguns anos, seja assumida na realidade como a Música Plural Brasileira, diversa, tal qual as raizes culturais do país.
ResponderEliminarObrigado pela contribuição Quintal de Ideias! Eu percebo que é ambíguo também. Durante a turnê Mova CE, em que a minha banda com mais 5 bandas de rock cearense circularam o país. Tivemos a oportunidade de encontrar o Jorge Mautner em João Pessoa. Fomos ao show dele que é bem antropofágico, de certa forma, e lá podemos conhecer diversos mestres de cultura, que estavam inseridos na apresentação dele, depois nos bastidores, fomos ao camarim e podemos conhecer os mestres de cultura de perto. Sabendo que o Gilberto Gil foi essencial na lei que instituiu os mestres da cultura, fico feliz, é uma iniciativa, apesar de sermos algo diferente, urbano sabe! Mas ao mesmo tempo, também acho que ele foi uma raposa no galinheiro, a amplitude de força que a ala elitizada da MPB ganhou com ele foi enorme. E vale dizer que já era grande demais! O poder que eles tem na mão é enorme, digo em relação a conseguir aprovar projetos diretos de financiamento, ou pela iniciativa privada via a lei Roanet. é essencial que isso mude, mas essa turma não está muito afim de perder o osso, com isso há renovação na musica Brasileira sim, mas pouca muito pouca gente consegue sobreviver a chamada onda de sucesso, e isso é maus! em todos os ângulos do que podemos entender por maus!
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