Eternamente Romeu.

No canto do olho da serpente
Um esverdeado esmeralda
Eu reparo, veneno de amor.
São duas horas da manhã em
Quatro vidas que te persigo.

Tu voas no céu como pássaro,
Anjo e nuvem é o que desejo.
Carícia sob o luar, teu beijo
(Eu me lembro de você fazendo charme pra mim)

Mas aqui na terra é só loucura,
Inventam o mal para depois vender
A cura.

Vem me abraça agora
Eu não aguento outra vida esperando
Se você for embora.

Ela atravessa a sala que vai dá
Em nada, tensa, sóbria e meio
Cansada.

E assim se vai atravessando
Os breus e eu pergunto:

Ainda há veneno em nós
Julieta?


(Eu me lembro de você fazendo charme pra mim)


Georgiano de Castro

"O amor nunca morre"

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