Adventista.
Longe
demais do caís do porto… A politica hoje que impera até no rincão
mais afastado do país é a disputa pelo poder, não se pensa em bem
comum, em desenvolvimento coletivo, nada disso. A politica tem que
manter a desigualdade para o lucro dos usurpadores do sistema. Para
que isso aconteça até a justiça, que de justa só tem nome, é
capaz de prender inocentes e soltar culpados, implementar penas duras
a quem sempre foi esquecido, marginalizado e dois anos de
tornozeleira eletrônica no domicílio de quem desviou cifras de
milhões da nação. Todos nós sabemos que nesse contexto de
inversão o crime compensa e recompensa, a polícia é vítima do
desentendimento do que é ou não é autoridade, favorecendo a
implementação de novas leis na rua, coletivos organizados de
criminosos desafiando a autoridade incompetente, o sistema político
falseado para todos os lados, atolado de corruptores. Você ver a
inversão de valores, inocentes caindo enquanto a lama é lavada,
você já não sabe o que é nação, só sente o desespero do gueto,
você é gueto na insurreição do caos, adapte me, tire me a cruz
por que não sou Jesus, Tenho medo ó pai! E os adventistas já
previam há 20 anos: - Isso é só o fim.
Meu
amor acordou hoje tão cedo que eu nem vi, foi trabalhar de ônibus é
só volta lá para as 20:30, 06:15 eu acordo, estou mal, tem um gosto
azedo de pus na minha garganta, penso em meus amigos inocentes, sei
que vivo numa espécie de câncer social, lavei meu rosto, estou
vivo, lá fora as horas passam com as pessoas mansas, bitoladas pelo
engodo, a falta de vitaminas e o pouco conhecimento, tudo isso se
soma nessa vida de admirável gado. O povo é burro, acusa o
intelectual, falta pão, responde o Franciscano. Na rádio o ritmo
frenético ensina uma nova dança assexuada, toda menina baiana na
dança, negrinhas, loirinhas no balançado de bundas e vaginas pois
sempre é carnaval, não importa a Aids, o Cancro, a Sífilis e tudo
mais, Vênus geral distribuída no posto de saúde onde o médico não
atende, engula duas camisinhas de manhã e você não pega zika.
Morreu as 14 horas de um dia comum no corredor do instituto José
Frota, sem maca deitado em um colchonete no chão, quem era? O Zé
Ninguém!
Tenho
que cortar o cabelo para que o desespero da uniformização não
prejudique ainda mais a minha depressão, eu pertenço a uma linha de
montagem de produtos iguais, qualquer anomalia verificada e eu serei
descartado, eu não sou cidadão, eu não tenho valor, sou o
substrato de uma existência inútil, descartável, só sirvo
enquanto me comporto como óleo para lubrificar a máquina do
sistema. Amores? Não serão desventuras? Cadê você senhor? Me
abrace pois eu vou mergulhar no ar, preciso dessa proteção menino
Jesus, e quero antes lhe dizer ninguém sabe o que pode me acontecer,
perto do caos…
Humberto Gessinger citado.
Georgiano de Castro
Comentários
Enviar um comentário