A FELICIDADE NO APARTAMENTO AO LADO

Hoje percebo que há o sol, podia pensar que voltei a vida, aos amigos, mas é domingo e as ruas do centro estão vazias. Eu caminho com uma lembrança de mim mesmo sentado no escuro do quarto pensando nela, sozinho, coitado enquanto ela batia na porta do quarto ao lado. 

Do lado de lá dava para sentir o frescor de uma chama acesa enquanto a minha não passava de uma febre constante, eu imaginava até o gosto das salivas que se encontravam no desejo mais intenso, antes do sexo o beijo, a preliminar de um espetáculo ao qual fui mero expectador. 



A solidão é uma menina feia numa cidade industrial, e eu vou andando entre muitos prédios, com poucas chances,  sentindo o vazio da sua presença meus passos me levam a orla, agora sou solidão com vista para o mar, como naquela canção que diz que não sabe dançar. 



A festa é no outro apartamento, no meu peito é só cansaço repetido. Qual o mel poderia me fazer expelir tal engodo? Sem sombra de dúvidas sou um personagem triste, aquele que sonhava com ela enquanto ela batia na porta ao lado.

 Para quê sentir ausência, essa carência não me leva a nada pois nada aconteceu, aqui estou inventando tristezas onde eu possa esconder minha insensatez. Ali na areia um casal faz planos entre sorrisos e conversa de mãos dadas passam por mim, e eu aqui escondido entre máscaras, esperando por ela enquanto ela bate na porta errada. E o tempo vai sarrar esse momento. 

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MAIS UM DA SÉRIE NOVO ROMÂNTICO, 

ESSE SOU EU BEBENDO CERVEJA

GEORGIANO DE CASTRO.


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