em letras minusculas
“És um senhor tão bonito como a cara do meu filho, tempo,
tempo, tempo, tempo...” Para retornar a escrever resolvi iniciar o texto apenas
copiando o que estou escutando aqui ao lado no meu rádio gravador. Não tenho a
menor inspiração para comentar ou criar qualquer enredo ou ficção aqui e agora,
só tem Caetano bodejando frases que me encantam num som, e uma caneca com café, algo que me acompanha, na total lisura, da minha mania de parecer minha
mãe. Estava escrevendo sobre o passado, mas descobri que o passado é tempo
pretérito, e que as pessoas citadas são outras alegorias, e que estava
irritando meio mundo de gente ao revelar seus dias rock in roll, por isso
parei, e cansei, mas não há como falar de mim sem falar dessas pessoas. Algumas
eu não amo mais, e as vejo com outros olhos, após esse novo episódio, onde nos
encontramos. Não me cabe julgar
covardias as quais as atitudes eu não paguei com sofrimento, mas cada um tem
seus fantasmas e sofrimentos, eu convivo com os meus, e não sou coitado, nem
nunca quis ser, nunca me escondi atrás de uma imagem de Deus anacrônica e
bisonha também, aos que ainda amo e me relaciono, estão todos por ai, são meus
escudos, assim como posso muito bem cercá – los com meu acalanto, pois amizade é
antes de tudo carinho, compreensão e proteção. Aos outros, adeus, bey, bey, so
long.
Estou livre dessas amaras que te levam a lugar nenhum, não me
interessa o próximo no contexto da distancia, no que há de pessoal, e sim eles
como contexto social, uma nova onda, nova era, outros olhares, outras palavras,
outra transa com o amor. Um amor sobre as mesmas bases filosóficas ocidentais,
porém em outra perspectiva de acontecimentos e entendimentos, tal qual me façam
conviver mais 20 anos com a Dalva Maria, muito idealizado, fantasioso, diria até
romântico! Pois a realidade é exercício e pode ser transformada,
transgredida... Sendo que nada, absolutamente nada é estático na vida, a
estática não passa de uma referencia para onde a mente foge no momento em que
buscamos entender os movimentos. Então chegamos ao cerne do que quero declarar,
ou seja; amanhã será outro dia e nada do que passou retornará do jeito que era,
e sim com a soma de tudo aquilo a que se foi permitido.
No entanto a escolha é sua, essa coisa de Deus é tão massa e
tão cabida, esse livre arbítrio, esse vai cara e mostra ao mundo no que você
está certo! Acho isso imprescindível, tanto que já não quero isso que estou
aqui nesse momento, estou escolhendo outra coisa, planejando, me vendo no que
ainda não existe e modelando a possibilidade, nesse momento estou trabalhando o
meu futuro, não fujo o meu romantismo para um realismo piegas e de mau agouro, me
vejo gente linda, com uma filha linda, e uma galera foda! Pois para me
acompanhar só sendo extremamente foda! Foda cabalístico, foda ao cubo... Diga
adeus também a barreira imaginaria invisível que a depressão leva a frente dos
seus espíritos meus lindos, venham comigo nessa viagem pelo novo, o trem já vai
partir, vamos nós!
Dedicado a minha Família e meus verdadeiros amigos.
GEORGIANO DE CASTRO.
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