LOLLIPOP FOREVER!

Eu não sabia que pirulito e lollipop eram a mesmíssima coisa e assim morreria pensando que se tratava de uma menina qualquer por quem o interlocutor se apaixonara. Essa era uma das muitas dificuldades de se ouvir rock em português e com a adaptação para a nossa língua em versões incríveis feitas pelos primeiros caras a tocar essa nossa bandeira aqui. Diga se que uma versão é uma especie de tradução mal traduzida, assim sendo For Your Love torna se Vivo Só na maior cara de vaca, só para dá um exemplo. Eu conheci o rock nacional ouvindo a Jovem Guarda, e as minhas bandas preferidas eram Renato & Seus Blue Caps, The Fevers e os Incríveis, além claro de Roberto e Erasmo, essa é a minha escola que fui seguindo em cada década até hoje em dia, encontrando em outras bandas uma especie de evolução dessa primeira galera afetivamente registrada na minha mente.



Nessa minha relação evolutiva cabe o próprio Raul Seixas, a Rita Lee com ou sem o Tutti Fruti, o Made in Brazil e o Joelho de Porco dos anos 70. O Magazine, Ultraje a Rigor, João Penca, Kid Abelha, TNT, entre tantos outros dos anos 80, e os Raimundos, Bidê ou Balde que são mais recentes. É uma linha rock muito interessante que começou com versões e hoje tem uma linguagem toda especial aplicada ao estilo. São as crônicas bem humoradas, as ironias sob a temática politica, entre outras nuances de duplo sentido e neologismos que fizeram a minha cabeça desde a infância, e se refletem muito presentes no meu trabalho com musica e literatura também.




Essa característica inicial de ouvir versões me auxilia ainda hoje em ler, escrever e traduzir textos do inglês para o português, o que me trouxe uma capacidade de adaptar locuções sem tradução formal direta, ou relacionar expressões que tem correlação apesar de dizerem coisas diferentes, sendo que no final essas expressões querem dizer as mesmas coisas, gráfica e foneticamente. Essa riqueza de entendimento eu devo muito mais ao rock que as aulas de gramatica do New Dinamic English antigonas. Essa é uma escola de vida, aquela que você acha doce e vai em frente, como quem chupa um pirulito ou se apaixona por uma garotinha ruiva apelidada de Lollipop. 






















Esse sou eu e a minha filha Sofia Maria de Castro.
Herdeira de toda essa cultura rock.
Georgiano de Castro.



















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