A METRALHADORA GIRATÓRIA, A MINHA VOLTA AO MEU MAIS FORTE POSICIONAMENTO!

      Sei ironicamente que este meu novo post no blog do cabeça inevitavelmente será taxado de revanchismo bobo ou desabafo desnecessário por toda uma classe de patetas que me seguiam antes e que ainda vivem sob o domínio cruel das inverdades e dos mitos que alimentam a falsa intelectualidade boçal Brasileira. Há tempos venho evitando confrontos com esses parasitas  em nome de um posicionamento nonsense assumido de 2003 para cá, na The Good Garden, mas pensando e repensando, notei o que é óbvio e eu vinha negligenciando verdadeiramente - Primeiro; Eu não sou só a The Good Garden. Segundo; Não posso evitar a mim mesmo. Terceiro; Alguém tem que ter a coragem de falar algo sobre isso.

      Tanto você como eu, todos nós somos obrigados a conviver com esses mitos criados pela dita intelectualidade cultural brasileira, que mantém um posicionamento retilíneo retrogrado e mal intencionado, impondo – o como uma verdade absoluta e intransferível. E poucos de nós reagimos a esses fatos com o fervor que eles merecem. Então vamos lá, vamos por fogo nessa fogueira e deixar o mundo nós condenar feitos Joana francesa.



      Nós Roqueiros brasileiros sempre fomos acusados de plágio, de antinacionalistas, de pessoas que contribuem para a dominação cultural que o estado imperialista impõe sobre nossa cultura e toda essa babaquice de declarações da esquerda stalinista pra trás...  Pois bem, vamos agora pensar um pouco! O movimento rocker Brasileiro começa a tomar força nos anos 60, através de um programa de auditório chamado a Jovem Guarda, capitaneado pelo trio, Roberto & Erasmo Carlos e Wanderléia, artistas provenientes da tijuca, periferia do Rio de Janeiro, que faziam parte das matinês do clube do Rock dos Empresários e comunicadores Carlos Imperial e Rossini Pinto. O Rock n’ Roll chegou ao Brasil, assim como também na Inglaterra e no resto da Europa, e nos vizinhos Argentina, Uruguai e México. Via Hollywood, ou seja, pelo cinema. Os nossos primeiros heróis; Renato e Paulo Cesar Barros, do grupo Renato & seus Blue Caps, também Celly e Tony Campelo entre tantos outros começaram suas carreiras com versões em português para os grandes clássicos do rock da época, canções como Stupid Cupid, que aqui se tornou o Estúpido Cupido na voz da Celly Campelo. O rock vira movimento com a Jovem Guarda, e é um produto de massa, a música pop Brasileira, com a TV Tupi, e a CBS quase que como gravadora oficial. E com o marketing, a publicidade, os avanços tecnológicos, tudo o que tem haver com o desenvolvimento que vinha sendo a ferro e fogo alavancado no Brasil desde o período Juscelino, mas á partir daí fomos taxados de antinacionalistas e tudo o mais, em nome de uma nova sigla, a MPB (Música Popular Brasileira) que até então nem existia, foi criada pelo pessoal da Bossa Nova para diferenciar a música brasileira da que não era do Brasil. Agora note bem a ousadia, aqueles anjos da defesa da cultura nacional, os bossa - novistas tem uma contribuição impar e sem sujeira na mente e nos discursos dos que nos condenam, mas eles não revelam uma verdade implícita, a de que eles chuparam legal do Jazz que também é americano, a Bossa Nova misturava o Samba com o Jazz, como denuncia a música chiclete com banana do grande Jacksom do pandeiro.

https://www.youtube.com/watch?v=EWjLg74cS4A

      Nos anos 60, em meio aquele turbilhão de acontecimentos no mundo e no Brasil ainda teve uns idiotas liderados por Elis Regina, Gilberto Gil e Jair Rodrigues que fizeram uma passeata contra a guitarra elétrica! É muita imbecilidade junta, e o que mais me comove é que ainda hoje 2013 resquícios desse pensamento anacrônico ainda sobrevivem e têm uma força enorme no meio alternativo cultural Brasileiro. Por isso decidi dissertar sobre isso, para alertar a todos que os heróis que são vendidos para todos vocês não são heróis porríssima nenhuma! E didaticamente vou passo a passo desnudar os mitos:

      1º - Como já falei a bossa nova promoveu a união do samba com o jazz, mas não ficou só nisso, com medo de serem lembrados como medíocres os nossos heróis transpiraram cotas e mais cotas de suor para criar uma riqueza harmônica para a música popular Brasileira que é disfuncional e cafona, mas é vendido como a grande riqueza da nossa musicalidade, o que é uma mentira grandiosa. Uma vez vi o trombonista Bocado em uma entrevista discutindo sobre esse tema, dizia ele; - “Nós falamos uma língua queto na América e no mundo, isso é claro atrapalha o posicionamento da música brasileira no mercado mundial, mas não é só isso, essa riqueza, dita riqueza harmônica atrapalha muito, na música pop, que é a linguagem universal da música, não cabe uma musicalidade difícil como a nossa, os acordes dissonantes, isso fica muito lindo de se falar no mercado interno, mas o mundo tá querendo outra coisa! Veja só, a Jamaica vendeu o regue para o mundo e o mundo comprou o som da Jamaica,  aquela coisa linda de drum’s e bass que eles fazem, o Gil quando voltou do exílio lá em Londres, foi gravar com o Dominguinhos, e com aquela cabeça que está sempre antenada pra copiar tudo que tem no mundo afora, copiou o regue e mostrou para o Dominguinhos que assustado retrucou: - Cumpadre Gil, isso aí e que é o tal do regue que todo mundo fala? Mas isso num passa de um xote fuleiro!”  Bem aí rola outra observação,  a Bossa Nova é a música da Classe média alta da zona sul do Rio de Janeiro, e o Xote e o Baião a música da região mais pobre do país! Mas o regue é um xote fuleiro segundo o Bocado reproduzindo Dominguinhos, ou seja o regue já existia aqui mas ninguém dava atenção, o lance mesmo era a Bossa Nova e sua riqueza harmônica disfuncional, coisa de bunda mole, falsa intelectualidade que graças a nomes como DJ Dolores e DJ Marcelo Mansur, o Memê, e claro a grande Fernanda porto, com o artifício dos samplers e das pick ups que também são de lá! Estão ganhando um certo ar de funcionalidade.

      2º - Essa frase é minha: - “A verdadeira música pop brasileira começou e era somente naquele período a Jovem Guarda!”. Outra inverdade que me causa certa antipatia é a solução capenga que se deu para resolver a questão Rock VRS MPB, eis à revolução! Tropicália, bananas ao vento! Hoje ser inteligente no meio artístico e discutir o Tropicalismo, sua importância estética e cultural... Uma coisa bizarra, curta metragem, de mau gosto amparado na semana de arte moderna e no antropofágismo defendido por Osvald de Andrade. Antes de qualquer coisa devo declarar que tenho muito mais direito de revelar o tropicalismo que a bossa nova, pois tenho tudo o que de interessante foi vendido sobre esse tema, inclusive os discos. E é mole perceber que algo estava errado no tropicalismo, além de também ser disfuncional, muito mais, basta responder o questionamento: - Por que os dois mestres tropicalistas Caetano e Gil não continuaram tropicalistas quando voltaram de Londres? Só resistiu tropicalista o Tom Zé, que é descredenciado por eles todos os dias. Salvo Gal Costa e um terço dos Mutantes o tropicalismo é uma merda, o Caetano Veloso só começou a existir em 1970, quando em Londres com o auxílio luxuoso de Jards macalé gravou o álbum Transa, que muitos dizem tropicalista mas que num tem nada a ver com aquilo, pelo menos em parte! Em minha opinião aquilo era o começo de uma reviravolta que possibilitou ao Caetano na volta do exílio produzir Odara, a sua mais completa tradução, o que pois a merda do Pasquim em pé de guerra com ele. Rogério Duprat estragava as músicas em nome de um vanguardismo besta (queria dizer baitola mesmo!) tudo programado para aparentar uma intelectualidade próxima a da turma da feira moderna, uma chupação intelectual, mediocridade de primeira que nem o mercado aceitou à época, não porque era moderno demais, nada disso, por que era inútil e desnecessário. Ainda me vem neguinho querer comparar a tropicália ao mangue beat, como se o mangue fosse cria do tropicalismo, e num é só isso, tudo o que for mistura de ritmos regionais com música pop daqui em diante também será cria do tropicalismo, ou seja, cria de uma curta metragem.

      Cheguei agora aonde queria, a nova MPB! Todo mundo ao meu redor vê isso com bons olhos, essa imposição de fraude, esse engodo histórico, essa mentira armada. Vejo a nova geração da MPB, digo que essa geração é da crise na indústria de discos pra cá para melhor posicionar o leitor, como um saco de bichos grilo, comedores de alfafa, paus moles em geral... Não, não é possível aceitar isso calado, o que é que há velhinho? Todo mundo canta no mesmo timbre, um junta Djavan e Lulu Santos, a outra Roberto Carlos dos anos 70 e Cássia Eller, e vão se repetindo sem criatividade,  e no main strean, o que é pior, entenda como main strean a porra da música que vai tocar no seu rádio e aparecer no Faustão! Na nova MPB em geral há um caos, que infelizmente não é escrito com k igual ao que escrevia Jorge Mautner, Isso é terrível! Continuamos disfuncionais e investimos pesado nesse engodo, nessa ameaça a inteligência e ao bom senso, é uma farra de posicionamento classe mediano que alavanca a estupidez e a imposição da antipática falsa intelectualidade nacionalista! Que nunca foi igualitária, e nem nunca será enquanto esses imbecis imporem suas verdades, senão o mundo hoje estaria dançando era Xote ao invés de regue! Isso é uma denuncia que há um posicionamento classista também, onde muita gente que faz música popular e que merece espaço dentro dessa sigla não entra por que lá é o clube do bolinha, e o indie, repete o erro estético, não há alternativo esteticamente falando, só comedores de alfafa e bichos grilos, distantes da verdade imutável da globalização, lutando contra o pop com escudo de plástico! Aí chegamos a maior contradição; Se o escudo é de plástico porque não quebra de vez já que é fraco! A mentira tem pernas longas e fortes meu povo, estou do lado do pop, e que venha as críticas todas com base para que eu possa derubá-las.

                         Georgiano de Castro.